Jair Biatto, secretário municipal de Educação falou sobre a mobilização com a presença de profissionais da rede pública (estadual e municipal) e privada da educação, bem como servidores da saúde, em debater o tema juntos para transformar o município. “Somente com a união de todos poderemos fazer um município diferente. Esse é o compromisso da atual gestão”, declarou.
Na ocasião do curso Valkíria Trindade, secretária municipal de Educação, destacou a importância do tema em razão do suicídio acometer os jovens do todo mundo. “Esse é o primeiro de muitos eventos a serem realizados para capacitar os profissionais da educação, com a contribuição da Saúde, em identificar os sinais e fazer os devidos encaminhamentos. Precisamos encarar o problema de frente para ajudar a resgatar essas vidas”, destacou.
A secretária municipal de Educação enfatizou a existência de um manual para professores e educadores sobre prevenção do suicídio. O documento pertence a uma série de manuais destinados a grupos sociais e profissionais específicos, desenvolvido como parte do Suicide Prevention Program (SUPRE), iniciativa mundial da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a prevenção do suicídio (ver anexo).
Na programação médicos psquiatras e psicólogas ministraram palestras sobre o tema e ao final participaram de mesa de debate também para responder as demandas do público. Felipe Pinheiro de Figueiredo, médico psiquiatra da infância e da adolescência e vice-presidente da região noroeste da Associação Paranaense de Psiquiatria, iniciou a apresentação com a palestra “Auto-agressão e suicídio infanto-juvenil: o que há por trás disso?”.
Entre as estatísticas exibidas pelo especialista estão o fato de serem registrados por ano no mundo mais 800 mil casos de suicídio. No Brasil em 2013 foram 10.053 suicídios. No mundo atualmente o suicídio está entre as três principais causas de morte no mundo na faixa etária de 15 a 44 anos. Mas, de acordo com Figueiredo, os números não revelam a realidade. “Os registros estão aumentando gradualmente ano a ano, mas, os dados da prevalência de comportamentos suicidas na infância e na adolescência estão sub-mensurados porque muitas vezes essa causa de morte não é identificada como tal por questões de tabus, econômicos e até religiosos”, enfatizou.
O suicídio é salientado como uma patologia, doença, desencadeado por transtornos mentais que em sua maioria iniciam na infância e impactam de maneira negativa no desenvolvimento cognitivo da criança, nas suas funções sociais, laborais futuras, desencadeando alta morbidade e mortalidade. Identificar, combater, controlar e prevenir é um desafio constante, sendo um grave problema de saúde pública mundial.
Também ministraram palestras no curso a médica psiquiatra Raquel Proença, as psicólogas Silvia Helena Altoé e Raquel Antoniassi. O Capacitar e Agir é uma iniciativa das secretarias municipais de Saúde e Educação, que nesta temática contou com a parceria do Núcleo Regional de Educação (NRE) e do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do Noroeste do Paraná (Sinepe), com o apoio da Uningá.
Mais diálogo - O Comitê Gestor Intersecretarial de Saúde Mental (CISMEEP) convida para o diálogo “Depressão e suicídio na adolescência : Mais do que 13 razões para falarmos sobre”. O evento será realizado nesta terça, 3, das 9 às 11 horas, via webcast pelo link webcast.pr.gov.br/seae/
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