Evento discute desigualdades da mulher negra
A Secretaria da Mulher, Igualdade Racial, Juventude e Pessoa Idosa de Maringá (Semulher) em parceria com o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alvez Marques promove nesta sexta-feira, dia 18, das 8 horas às 16h30, o 13° Seminário de Mulheres Negras no Auditório Hélio Moreira. Na programação, palestras sobre a valorização da mulher negra. Uma das lutas é implantar o sistema de cotas raciais na Universidade Estadual de Maringá (UEM). O vice-prefeito, Edson Scabora, participou da abertura do evento junto com a secretária de cultura, Valkíria Trindade, e o vereador Do Carmo.
“Temos que exigir mais agilidade para corrigir as diferenças tendo em vista a grande representatividade da população negra em nossa cidade”, disse Scabora, citando em seguida o famoso discurso “I Have a Dream” de um dos líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, Martin Luther King.
O debate leva em consideração a importância da valorização da diversidade étnico-racial e de gênero no mundo do trabalho e, a consolidação e ampliação de políticas de ações afirmativas nos setores público e privado. “Precisamos entender essa gestão também com um olhar voltado para a negritude e fazer a diferença no mercado de trabalho. Estamos conversando com a UEM para que trabalhe a Lei 10.639 que diz respeito ao ensino da história e cultura afro-brasileira e africana e a urgência das cotas raciais”, diz a secretária da Mulher, Aracy Adorno Reis.
O evento discute políticas públicas e tece sobre as irregularidades no mercado de trabalho no que se refere à raça. “Uma lei federal torna obrigatório a cota de 20% para os concursos federais, é uma garantia de inclusão da população negra, um olhar sobre a democracia porque 53% da população brasileira é negra, incluindo os pardos. No Paraná, quase 30% da população é negra, ou seja, 3% representatividade em curso superior, estamos falando de um índice da Suíça, já que 97% da população é branca. A situação do racismo é estrutural no que diz respeito ao espaço de acesso ao ensino superior”, comentou a palestrante e doutora em sociologia, pedagogia e psicologia, Marcilene Garcia de Souza.
O evento, aberto ao público, tem apoio da Associação União e Consciência Negra de Maringá, Conselho Municipal da Mulher de Maringá, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (SISMMAR). Participam do evento a presidente do Conselho da Mulher, Tania Tait, a representante da religião matriz africana, Mãe Glória, a presidente do Instituto de Mulheres Negras, Eva Coelho, a presidente do Sindicato dos Servidores Publicos Municipais de Maringá (Sismmar), Iraídes Batistoni, o gerente da Igualdade Social, Valdeir Gomes de Sousa e Denir Pereira em homenagem à mulher negra trablahadora.
Estatísticas
Alguns levantamentos da desigualdade dão conta de que o salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca, de que sua escolaridade é similar à escolaridade da companheira branca, mas a diferença salarial gira em trono de 40% a mais para a branca. Os perfis social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas revelam que apenas 1% conta com programas de capacitação profissional de negros e negras. E mais: apenas 1,8% dos cargos de diretoria das referidas empresas são ocupados por negros e 9% por mulheres. Esses e outros indicativos de desigualdade são resultados de pesquisas de órgãos como o IBGE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Alguns levantamentos da desigualdade dão conta de que o salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca, de que sua escolaridade é similar à escolaridade da companheira branca, mas a diferença salarial gira em trono de 40% a mais para a branca. Os perfis social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas revelam que apenas 1% conta com programas de capacitação profissional de negros e negras. E mais: apenas 1,8% dos cargos de diretoria das referidas empresas são ocupados por negros e 9% por mulheres. Esses e outros indicativos de desigualdade são resultados de pesquisas de órgãos como o IBGE, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Informações pelo telefone: (44) 3293-8376
Nenhum comentário:
Postar um comentário