Liderança discutem 'casa de passagem' para indígenas
Lideranças indígenas se reuniram com o prefeito Ulisses Maia na tarde desta sexta, 4, para discutir a localização de uma 'casa de passagem' para migrantes em trânsito. A ideia e estabelecer local com infraestrutura adequada para acolhimento de indígenas em deslocamento. O local também deve contemplar hábitos e costumes dos indígenas. O secretário de Assistência Social e Cidadania, Ederlei Alkamin, e o promotor de Justiça, Maurício Kalache, também participaram da reunião.
“Não podemos fazer a vontade do homem branco e esquecer que temos respeito aos interesses dos índios. Por isso, fazemos questão de ouvir os caciques para chegarmos a um acordo que seja bom para eles”, disse o prefeito Ulisses Maia. Ederlei Alkamin reconheceu a complexidade da situação indígena, sujeita a legislação específica, mas lembrou que a gestão está mediando as demandas. “Precisamos assegurar condições adequadas para indígenas que transitam pela cidade em deslocamentos comuns à cultura das tribos”, disse o secretário.
Após a reunião, indígenas e técnicos da prefeitura visitaram duas escolas municipais (Delfim Moreira e Machado de Assis) que podem, eventualmente, ser adaptadas para cumprir a função de ' 'casa de passagem'. As escolas não estão sendo utilizadas pelo município. Não se descarta ainda a construção de estrutura geodésica, formato que lembra ocas indígenas, para abrigar os índios. A discussão está numa fase inicial, mas é representativa da preocupação da gestão municipal com o problema. A prefeitura já disponibiliza um local para abrigar os índios, recentemente acampados no centro da cidade.
Índigenas costumam deixar as reservas de Manoel Ribas (175 km de Maringá) e Apucaraninha (100 km) para comercializar artesanato em cidades da região. Os caigangues formam o maior grupo étnico indígena do Paraná, seguido pelos guaranis e xetás.
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