sexta-feira, 28 de abril de 2017

CPI do Terminal busca esclarecimento sobre depoimentos contraditórios

O servidor de carreira da Prefeitura de Maringá engenheiro Eduardo Hideo Sakae disse ontem aos membros da CPI do Terminal Intermodal que todo o processo de montagem do edital de licitação para o projeto foi feito na Secretaria de Planejamento. 

A informação contradiz o que o ex-titular da pasta, Laércio Barbão, afirmou em seu depoimento à CPI no último dia 24. Barbão disse que nem chegou a ver o projeto.

Os membros da CPI reuniram-se na tarde de ontem para ouvir, além de Sakae, mais três servidores que teriam participado da comissão de licitação do projeto: Maikon Pereira Rangel, Rogério Malheiros Guedes e Marcos Mitsuo Miura. 

Este último, porém, afirmou nunca ter participado, embora seu nome conste numa ata de reunião. Ele disse não ter conhecimento de que seu nome figurava como membro.

A CPI aprovou também dois requerimentos com o objetivo de esclarecer outros pontos contraditórios da investigação. 

O primeiro, proposto pelo vereador Do Carmo, para que o prefeito Ulisses Maia informe qual o valor exato que a Prefeitura terá que desembolsar para sanar os erros do projeto, como justificará esse investimento e qual a data prevista para que o Executivo entregue ao Ministério Público os documentos responsabilizando as empresa Borelli & Merigo Arquitetura e Aeroservice pelos erros encontrados.

O pedido, explicou Do Carmo, foi motivado em parte por uma entrevista dada pelo prefeito ao jornal O Diário, publicada no último dia 25, em que ele diz que a prefeitura gastou cerca de R$ 3 milhões em novos projetos. Porém, no depoimento que prestou à CPI no último dia 24, José Borelli, sócio da Borelli & Merigo, disse que teria refeito os projetos sem qualquer custo para a Prefeitura.

Outro requerimento aprovado, proposto pelo presidente Sidnei Telles, será dirigido aos secretários de Planejamento, Celso Saito; de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur; e de Obras Públicas, Marcos Zucoloto, pedindo esclarecimento se há ou não um projeto para construção de um terminal provisório na área da antiga rodoviária. 

O ex-secretário de Obras, Roberto Petrucci, afirmou aos membros da CPI na reunião do último dia 24, que tal projeto foi entregue para a atual administração.

Próxima reunião

Formada pelos vereadores Sidnei Telles (presidente), Jean Marques (relator), Alex Chaves (membro), Do Carmo (membro) e Belino Bravin (membro), a CPI do Terminal Intermodal teria sua próxima reunião no dia 1º de maio, mas, devido ao feriado, o próximo encontro de trabalho ficou marcado para às 14h do dia 4.

O requerimento que solicitou a criação da CPI foi assinado pelos 15 vereadores e destaca que a atual Administração Municipal constatou falhas nos projetos do Terminal Intermodal com sérios e verossímeis indícios de irregularidades. 

Em função disso, o texto ressalta que, aproximadamente, R$ 60 milhões obtidos para execução da obra poderão ser perdidos caso o cronograma de trabalho não seja respeitado. 

Além disso, destaca o interesse da obra para a vida pública, ordem econômica e social do município considerando a expectativa de melhoria no sistema de transporte público coletivo.

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